sexta-feira, 18 de outubro de 2013

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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Saint Seiya Ômega - Análise Final

Resolvi criar esse post para tentar esclarecer algo que considero um equívoco dos fãs com relação a série Saint Seiya Ômega. Me parece que há uma interpretação errônea do que se trata o anime e para quem ele é feito. Então falarei por pontos (temas) para ficar mais claro.


1º - Ômega, Lost Canvas, Episódio G e Saintia Shô são spin-offs, ou seja, não pertencem a cronologia oficial de CDZ, que no caso é a série clássica. Sendo assim, elas não alteram a história, são apenas histórias paralelas, que sequer precisam se encaixar na história original criada pelo Kurumada. Assim, o mangá Next Dimension representa a continuação oficial da série clássica e nada mais é que os verdadeiros passado e futuro de Saint Seiya.

2º - No Japão, a transmissão de CDZ na TV foi há muito tempo. Por lá, CDZ passou na TV entre 1986 e 1989. A Saga de Hades só foi lançada em 2002 e em formato OVA (direto para o mercado de vídeo). As gerações mais recentes pegaram o bonde andando e se tornou necessário que fossem criadas outras séries para que estas captassem outros públicos. Uma delas foi o Ômega, voltada para um público mais novo. Essa série tem a missão de chamar a  atenção das crianças para os tais cavaleiros lendários que ajudam os protagonistas da série e assim atrair também esse público que está crescendo. CDZ fez parte da nossa infância em suas transmissões na TV aberta no Brasil de 1994 a 1998 e depois em 2004 novamente, mas dessas crianças JAPONESAS nem tanto.

3º - Saint Seiya para todos os públicos. O Ômega só é mais um dos planos do Kurumada e de todo um grupo para expandir a "marca" Saint Seiya a todos os públicos possíveis. Saint Seiya é o grande ganha pão do Kurumada (a galinha dos ovos de ouro) e ele não perde tempo em explorá-lo. Enquanto produz continua com calma a sua obra original, ele não hesita em criar ou autorizar a criação de outras séries, que vão lhe garantiro pagamento de direitos ou porcentagens nas vendas de produtos, etc. (Ele tá mais do que certo, vive disso). Recentemente foi lançado o mangá Saintia Shô, para meninas.

4º - Ômega é para crianças. Mas você pode dizer: "eu assistia CDZ quando era criança e não era assim". Mas na época de CDZ na Manchete (na Band foi reflexo do sucesso anterior) não se tinha ideia da separação de públicos que tem entre os animes, ou seja, uma faixa de idade para cada um. Nos anos 90 era comum ver animes como Street Fighter ou Samurai X nos programas infantis matinais aqui do Brasil, pela cultura de que "desenhos" são coisas de criança, quando no Japão os animes são para todas as idades, dos infantis aos adultos.

5º - Classificação dos Animes/Mangás. Como dito anteriormente, o Ômega é feito para um público infantil, menor do que o habitual para CDZ, podendo ser classificado como um Kodomo. Irei explicar esse e outros termos a seguir:

  • Kodomo: Gênero voltado para o público infantil. Visam a simplificação para melhor compreensão das crianças, com traços geralmente simples e delicados e com olhos bem grandes para que as crianças  possam entender a emoção dos personagens por eles. Tem como característica uma história simples e personagens mais engraçados/fofos (Pode ter traços mais complexos, mas geralmente os autores não têm esse cuidado). Feito para crianças de 6 a 12 anos. Ex: Hamtaro, Pokémon, Beyblade, Medabots, Ômega.
  • Shounen: Voltado para adolescentes do sexo masculino. Geralmente envolto em muita ação e aventura com belas mulheres. Histórias com ênfase na superação, amizade e objetivo. Público alvo de 13 a 18 anos. Como geralmente essa faixa é muito consumista, acaba que a maioria dos autores focam nesse mercado pois a chance de o anime dar muito lucro é enorme. A maioria dos animes mais conhecidos no mundo são exatamente desse gênero. Ex: DBZ, Naruto, One Piece, Saint Seiya (O mangá tem características seinen também, mas o anime é um shounen clássico).
  • Seinen: A grande diferença entre Shonen e Seinen esta nos temas e no conteúdo maduro. Geralmente exploram muito a violência e tem uma história mais complexa. A diferença entre Seinen e Shounen é muito relacionada a traços e emoção. O Seinen tem a tendência de deixar a história muito mais próxima do que seria na vida real, preza muito mais as emoções como raiva, inveja e mostra também muito mais violência e ação comparado ao Shonen. Em resumo: O Shounen idealiza muito os personagens já o Seinen mostra mais os defeitos e fraquezas. Feito para jovens adultos de 18 a 25 anos. Ex: Berserk, Gantz, Lost Canvas (Tem muitas características de seinen, apesar de ter sido publicado em uma revista para shounens).
  • Shoujo: É um termo usado para se referir a animes e mangás para garotas. Os mais conhecidos no Ocidente são os romances ou comédias românticas que normalmente envolvem personagens da mesma idade do público-alvo (adolescentes). Foi puxado no ocidente pela força dos animes Shounen, para agradar as meninas. Ex: Sailor Moon, Sakura, Saintia Shô (tem características tanto de Shoujo quanto de Seinen).

6º - Ômega não tem nada a ver com Lost Canvas. O fim do Ômega não representa a volta do Lost Canvas, que era produzido pela TMS e não pela Toei como o restante de CDZ. E o seu fim também não representa a animação do Next Dimension, pois se ela foi lançada, um dos motivos é justamente a demora do Kurumada em avançar com o mangá. E também para testar a popularidade de Saint Seiya na TV, podendo influir (de modo discreto, não determinante) no lançamento do ND para TV ou em OVA.

7º - Sucesso? O Ômega talvez não possa ser considerado um sucesso absoluto, mas é com certeza um bom negócio para a Toei, principalmente considerando seu gênero. A audiência na TV japonesa é moderada, variando entre 2 e 3 pontos. Sua principal dificuldade é concorrer justamente com o anime mais assistido atualmente "Sazae-San" (transmitido no mesmo horário). Mas, fica pouco atrás da transmissão de Naruto Shipuuden e ficando na frente de "Yu-Gi-Oh Zexal" e da mais nova temporada de "BeyBlade" em alguns meses. A série rendeu uma segunda temporada (algo que nem todos os animes do estilo conseguem), DVDs e Blu-rays, além de bonecos e um jogo para PSP, dentre outros produtos.



Concluindo

Para assistir Saint Seiya Ômega é preciso vê-lo com outros olhos ou senão deixar de assisti-lo, pois assim será impossível gostar dele. A série provavelmente não terá nenhuma história mais complexa ou intrigante, terá doses bem moderadas de violência, não terá traços muito melhores que esses, etc. Por isso, é provável que não agrade os fãs tradicionais de CDZ e é melhor se conformar. Ao mesmo tempo, também não influirá na história original e só acrescenta mais uma produção ambientada no mundo de deuses e armaduras de Saint Seiya.

Você pode achar a série ruim, mas provavelmente é porque ela não foi feita pra você. E pensando de outra forma é possível encontrar pontos positivos na mesma. Se ao compará-la com a série clássica ela fica a anos-luz de distância, ao compará-la com outras séries que vemos por aí, ou mesmo analisando individualmente, veremos que ela é uma boa série, nada de espetacular, mas que pode ser divertida.



Nota: Toda classificação é arbitrária, então não levem ao pé da letra. Os autores costumam não gostar de classificar suas obras, mas geralmente as revistas o fazem, porém é normal que mangás e animes tenham características diversas, andando por mais de um estilo. E ainda existem outras classificações além das apresentadas aqui, essas são as mais comuns.