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terça-feira, 26 de abril de 2016

Ikki x Shaka

Sem dúvida a luta entre Shaka e Ikki nas 12 casas é uma das melhores de todo o anime, na qual o poderoso cavaleiro de ouro de Virgem enfrenta aquele conhecido como o mais forte dos cavaleiros de bronze, que tenta se redimir dos seus pecados.


Porém, a batalha entre esses dois começou bem antes de Ikki chegar ao Santuário, mas logo depois dele conseguir a armadura de Fênix. Esse fato foi exclusivo do mangá, pois após a batalha contra os cavaleiros negros a Toei começou uma série de alterações na história para deixar o anime mais longo e aguardar o desenvolvimento do mangá, são os chamados fillers. A produtora criou uma série de novos personagens, fatos e acabou alterando outros. O que é uma pena, pois histórias muito boas ficaram de fora do anime. Esta faz parte das memórias de Ikki sob o efeito do Golpe Fantasma refletido por Hyoga.

A História

Logo depois de derrotar os cavaleiros negros e recuperar a armadura de Fênix roubada por Jango, Ikki sente-se como um deus, se achando invencível com o novo poder que recebeu. É quando aparece Shaka de Virgem (o primeiro cavaleiro de ouro a aparecer como tal), que tinha sido enviado para aplicar o Castigo Celeste em Jango, mas acabou dando de cara com Ikki.


Shaka compara Ikki a Son Goku, o Rei dos Macacos (personagem da mitologia chinesa, punido por Buda). Ao ser comparado com um “macaco nas mãos de Buda”, Ikki fica furioso e vai tirar satisfação com Shaka, lançando sua Ave Fênix, mas não tem efeito algum. 


O Cavaleiro de Virgem derrota Ikki com apenas um golpe, destruindo a armadura que tanto o orgulhava. O cavaleiro de Fênix fica imaginando se Shaka é um deus com tamanho poder. Antes de partir Shaka percebe algo estranho nos olhos de Ikki e logo em seguida apaga as suas memórias, dizendo que se um dia eles se reencontrarem “a lembrança voltará, junto com o medo”.


Após o ocorrido Ikki aparece diante do túmulo de Esmeralda e atrás dele surgem os Cavaleiros Negros, que haviam sido derrotados por ele, mas ao invés de tentarem se vingar pediram para que Ikki fosse seu novo chefe, a resposta nós vimos nos eventos da Guerra Galáctica.


A conclusão dessa história pode ser conferida muitos capítulos depois, na luta das 12 Casas. Nela, Shaka faz Ikki se lembrar do ocorrido na Ilha da Rainha da Morte, fazendo com que o sentimento de inferioridade do primeiro encontro voltasse.


O desenrolar desse embate segue o mesmo padrão no anime, com poucas mudanças a partir daqui.



sexta-feira, 10 de julho de 2015

"Vai Seiya!": O Sucesso da Paródia de Cavaleiros do Zodíaco

Desde 2013 uma paródia de CDZ vem fazendo bastante sucesso no YouTube, várias de suas piadas se tornaram hits entre os fãs da série. Estamos falando do "Vai Seiya!", criado, editado e roteirizado por Felipe Leite, que é, entre outras coisas, fã de CDZ. O diferencial dos vídeos, lançados inicialmente pelo canal Invasores do Espaço, é justamente a qualidade de edição, acompanhada pela criatividade do roteiro e pelo talento dos dubladores.


A produção foi muito bem recebida pelos fãs e logo conseguiu um bom número de acessos, mas houve problemas. Pessoas que ajudavam no projeto acabaram saindo e novos integrantes chegaram, havendo algumas mudanças nas vozes, inclusive do Seiya, antes dublado pelo próprio Felipe, que resolveu se dedicar integralmente à edição e roteiro, além da dublagem de personagens secundários. O grande problema foi com a Toei e seus strikes, que provocaram a criação de um canal próprio para o "Vai Seiya!" e limitações no tamanho dos vídeos.



Juntou-se ao grupo a partir do 7º episódio Rocky Silva para dublar o Seiya, sua voz é naturalmente muito parecida com a do Hermes Baroli e caiu como uma luva no personagem. Além dele, destacam-se: Angelo Jantorno como Hyoga (também com a voz bem parecida com a do Francisco Bretas); Alexsandro Magalhães como o "maravilhoso" Cristal; e todo um elenco com ótimas vozes e imitações. Confira toda a EQUIPE


Entre os bordões e frases mais famosos então o "Malégna", pronunciado por Shiryu.


Outra que ficou bem conhecida foi "O Mu morreu" do Kiki


O irritante grito do Shun, "Ikkiiiii", também está presente


A repetição na enunciação de nomes (comum em CDZ) não escapou da brincadeira, assim como o "Mamãe" do Hyoga.


A Ilha da Rainha da Morte também foi lembrada


Os Cavaleiros Negros viraram os "Cavaleiros Paraguaios"


Entre os melhores episódios estão os que aparecem o Mestre Cristal (ou Xuxa)


Uma grande sacada foi transformar o Mestre do Santuário no "Patrão Silvio"


São muitos os momentos engraçados do "Vai Seiya!", então vale conferir na íntegra a paródia, que já conta com 13 episódios e um filme (Éris). Confira nos links abaixo:


terça-feira, 2 de setembro de 2014

20 Anos de Saint Seiya no Brasil

No dia 1º de Setembro de 1994 a Rede Manchete de Televisão transmitiu o primeiro episódio dos Cavaleiros do Zodíaco depois de uma negociação tensa com a distribuidora de brinquedos Samtoy. O responsável foi Eduardo Miranda, da divisão de cinema da extinta emissora, que ao assistir o trailer do anime achou o mesmo inadequado para a programação infantil da emissora, pois o mesmo só continha uma série de cenas de violência sem sentido.


A Manchete estava caminhando para falência, precisava da patrocínio da Samtoy, que por sua vez não conseguia colocar CDZ em nenhuma emissora. Eduardo pediu para ver os episódios completos para analisar melhor e depois de receber 5 episódios da empresa, percebeu que o anime não tinha nada a ver com a violência desconexa do trailer de 15 minutos antes apresentado. A partir daí, a história dos animes no Brasil começava realmente. (Abaixo: Primeira abertura de CDZ no Brasil)


A dublagem foi feita às pressas na Gota Mágica, com direção de Gilberto Baroli (Saga). Era uma desenho japonês, com roteiro traduzido do inglês e a dublagem dos vídeos recebidos era em espanhol, o que produziu uma série de erros na dublagem brasileira, além das trocas constantes de dubladores. Também não houve tempo para escolher o elenco, Gilberto já dublava tokusatusus e teve que dublar vários personagens, assumindo Saga depois da saída de Walter Breda. Seu filho Hermes assumiu Seiya; uma leva de novos dubladores (Francisco Bretas, Ulisses Bezerra, Leonardo Camilo e Sérgio Ruffino) assumiram os demais protagonistas. Logo Sergio precisou ser substituído por Élcio Sodré na dublagem do Shiryu.


A Manchete tinha cerca de 50 episódios, mas o sucesso foi tanto que a emissora apressou-se em comprar um novo pacote deles. No seu auge, CDZ alcançava incríveis 15 pontos de Ibope no horário nobre. A Samtoy também faturou com a venda de mais de 400 unidades de brinquedos só no primeiro lote (a previsão era 90 mil). No Natal de 1995 ela vendeu mais de 1 milhão de bonecos, faturando mais de 50 milhões de reais. O anime também rendeu um CD de músicas (acima), que chegou a tocar até no programa da Xuxa, na Globo. Com tanto sucesso a Manchete investiu pesado, trazendo uma série de novos animes para a grade da emissora, como: Shurato, YuYu Hakusho (abaixo), Sailor Moon, Samurai Warriors, etc.


CDZ é considerado a porta de entrada para os animes no Brasil. Graças ao seu sucesso, não só a Manchete, mas também outras emissoras investiram no seguimento. A Globo trouxe Samurai X (Rurouni Kenshin), mesmo que todo fatiado, e o SBT trouxe As Guerreiras Mágicas, Fly (Dragon Quest), Street Fighter II V e acertou em cheio com Dragon Ball (abaixo), mesmo não comprando todos os episódios. Então, é muito provável que foi graças à CDZ que Dragon Ball, outro grande sucesso, chegou ao Brasil.


A Manchete faliu em 1998 e só mais tarde a Record (com Pokémon - uma febre), a Globo (vários) e a Band voltaram a investir em animes. A Band trouxe Dragon Ball Z em 2000 no programa Band Kids, o que resultou na segunda explosão de animes no Brasil. Com o sucesso de DBZ o mercado de mangás se abre no Brasil com o lançamento de DB e CDZ pela editora Conrad (com propaganda no Band Kids). As vendas foram muito maiores que o esperado e mais uma vez CDZ (agora junto com DB) abriu as portas para as produções japonesas, agora os mangás.


Cavaleiros do Zodíaco só retornaria a TV aberta em 2004 na Band, 10 anos depois de seu lançamento pela Manchete. Junto com o retorno, voltou também o sucesso e agora uma nova leva de fãs, gente que não teve a oportunidade de conhecer a série nos anos 90. Depois disso, CDZ teve uma história cheia de idas e vindas na emissora, até o mercado de animes se fechar de vez na TV aberta no país. Porém, a internet fez com que todas as barreiras entre os fãs e os animes fossem quebradas e é assim que CDZ se mantém forte até os dias de hoje. 20 anos depois de seu lançamento no Brasil, a franquia retorna no dia 11 de setembro com uma nova roupagem no filme "A Lenda do Santuário", mas não acaba por aí. Com o sucesso de CDZ, com as heranças deixadas, um contingente de fãs espalhados pelo país manterão a série viva ainda por muito tempo, até porque a história dos Cavaleiros de Atena parece longe de acabar.




Referências: Omelete e CavZodíaco

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Ikki, Cavaleiros Negros e a Ilha da Rainha da Morte

Uma das histórias que sofreu alteração na adaptação para o anime foi a de Ikki na Ilha da Rainha da Morte, da conquista do direito à armadura até a batalha dele contra os cavaleiros negros. Contaremos como se passa a história original, contada no mangá. Esta história faz parte das memórias de Ikki durante a luta contra os demais cavaleiros de bronze, quando teve seu Golpe Fantasma refletido por Hyoga.


Ikki foi enviado a Ilha da Rainha da Morte no lugar de Shun e lá encontrou duas figuras opostas, Guilty, o terrível e misterioso cavaleiro que o treinou e a amável Esmeralda, que foi vendida pelos pais para um velho morador do lugar, que a explorava (no anime ela é filha do mestre de Ikki).


Guilty ensinava que para ser forte era preciso odiar tudo e todos. No último dia de treino ele diz que Ikki só sairia dali com a armadura ou morto. Porém, Ikki não consegue desferir o golpe final contra seu mestre, que contra-ataca para castigá-lo, mas Ikki desvia do ataque que acaba atingindo Esmeralda, matando a garota. Ikki fica furioso e mata seu mestre, que antes o parabeniza, anunciando a morte do “velho Ikki”.


Antes de morrer o misterioso cavaleiro ainda revela que Mitsumasa Kido é o pai dos órfãos enviados para buscarem as armaduras, ou seja, as 100 crianças perderam sua infância treinando exaustivamente, vivendo na pobreza e sofrimento, enquanto tinham um pai milionário que engravidou dezenas de mulheres pelo mundo.


Para aumentar o ódio de Ikki, Kido faleceu. Com isso, o cavaleiro de Fênix prometeu se vingar de todos que tivessem ligação com ele, da Fundação Graad aos demais órfãos, inclusive seu irmão Shun, culpado por ele ter ido par a Ilha da Rainha da Morte.


Mas antes de começar a sua vingança, Ikki precisava pegar a armadura de Fênix, que havia sido roubada por Jango, líder dos Cavaleiros Negros, que eram vigiados por Guilty. Ikki derrota todos os cavaleiros negros, inclusive os quatro veteranos, e logo depois o próprio Jango. Conquistando definitivamente a armadura de Fênix, mas uma figura surge na frente do cavaleiro de bronze (Ikki x Shaka).


sexta-feira, 21 de março de 2014

Shurato X CDZ

CDZ lançou uma mania quando foi lançado em 1986, a dos “heróis com armaduras”. Aproveitando seu sucesso, várias séries no estilo foram lançadas, duas delas chegaram ao Brasil, compradas pela Rede Manchete: Samurai Warriors e Shurato.


Dessas, a segunda se destacou, não só aqui, mas também no Japão. E mesmo sendo taxada muitas vezes como cópia de CDZ, Shurato conseguiu deixar sua marca e é elogiada até hoje, mesmo com apenas 6 volumes e 38 episódios. A obra, que também rendeu mais 6 episódios em OVA, chegou até a inspirar a criação de um dos maiores sucessos do estúdio CLAMP, as Guerreiras Mágicas de Rayearth (Rayearth Magic Knight), mas sua principal influência foi na obra RG Veda, o primeiro mangá do CLAMP, que também teve influência de CDZ.


Originalmente chamado Tenkū Senki Shurato ("A Guerra Celestial de Shurato"), o mangá de Hiroshi Kawamoto e o anime foram lançados em 1989 e duraram até 1990. A história foca nos personagens Shurato e seu melhor amigo Gai, que foram levados ao Tenkukai (Mundo Celestial) pela deusa Vishnu para fazerem parte dos Hachibushu (8 Guardiões), mas tudo muda após a conspiração do Mestre Indra.


Mesmo inspirado na mitologia hindu, as semelhanças entre Shurato e CDZ não ficam apenas nas armaduras, vejamos a curiosa semelhança entre alguns fatos e personagens, e lógico, algumas particularidades de Shurato:

Vishnu x Atena

As deusas representam o equilíbrio e a proteção do planeta, por isso são a razão das batalhas e aquelas que precisam ser salvas. Vishnu (deusa da criação), assim como Atena, é vítima de uma conspiração interna.

Shurato x Seiya

Os dois têm todas as características comuns aos protagonistas dos shonen tradicionais: fiel aos amigos, impulsivos, persistentes e meio irresponsáveis. Shurato, o Rei Asura (Shura, na dublagem) também usa uma “armadura dourada especial”, o shakti de Brahma (Brafma, na dublagem) que é como a de Sagitário para o Seiya.

Ryuma x Shiryu

Ryuma é o Rei Dragão, mas essa não é a única semelhança com Shiryu, ele também é o melhor amigo de Hyouga (que comparamos com Hyoga), é o primeiro a se casar e também se sacrifica pelos amigos.

Hyouga x Hyoga

As semelhanças entre eles não param no nome, além de terem o “Dragão” como melhor amigo, os dois compartilham de golpes gelados. Hyouga é o Rei Celestial.

Leiga x Shun

Leiga, assim como Shun, se torna um grande amigo do protagonista. Leiga, o Rei Karura (Karla) também tem um jeito mais delicado, mas diferente de Shun, ele é bem vaidoso e brincalhão. Suas armas são penas, que são para ele como as Correntes de Andrômeda.

Gai x Ikki

Apesar de acontecer de forma diferente e por motivos diferentes, os dois eram do bem, mas viraram inimigos (os primeiros, por sinal) e depois voltaram ao lado do bem. Gai, o Rei Yasha, também veste a “armadura especial” que deveria ser vestida pelo protagonista, mas assim como aconteceu com Ikki quando vestiu a armadura de Sagitário, o shakti de Brahma ganhou outra forma com Gai (uma cor prateada). Diferente de Ikki, Gai sofreu uma lavagem cerebral para se tornar mau.

Indra x Saga

Assim como Saga, era um aliado que traiu sua deusa. Dominado pelo Sohma Negro com a aproximação do Palácio da Transformação, Indra transformou Vishnu em pedra e culpou Shurato e Hyouga (como Aiolos) e ainda enganou os outros Hachibushu (como Saga fez com os Cavaleiros de Ouro).

Shakti x Armadura

Os shaktis são as armaduras em Shurato, mas não são grandes estátuas, são mais miniaturas, que podem servir como veículos e também contém uma arma diferente para cada guardião.

Shakti de Brahma x Armadura de Sagitário

O Shakti de Brahma é usado por Shurato, que é o sucessor do deus hindu da criação. Como a Armadura de Sagitário, o shakti é ambicionado pelos inimigos e chega a ser usado por Gai, mas só ganha o brilho dourado quando vestido por Shurato.

Formação Mandala x Exclamação de Atena

A Formação Mandala é um ataque especial usado por 4 Hachibushu (Shurato, Leiga, Hyouga e Ryuma), que se juntam para atacar. É lançado um golpe de cada vez por cada um dos componentes e por último um golpe de todos. Essa forma de união para atacar é parecida com a Exclamação de Atena (mas não é proibido).


Curiosidades:
  • O autor de Shurato, Hiroshi Kawamoto, também é famoso por seus trabalhos no mercado Hentai.
  • O Sohma é equivalente ao Cosmo de CDZ.
  • Os outros Hachibushu são Kennya o Rei Dappa (parece o Shaka); Dan o Rei Hiba e Lenge a Rainha Nahla.
  • Shiva é a deusa da destruição e a vilã suprema da série, capaz de despertar o sohma negro, é a deusa do povo de Asura (Vishnu é do povo de Deva). Ela é representada como uma forma feminina (meio andrógena), mas possui voz grossa e é dublada por um homem. No Brasil seu dublador é Walter Breda (Senhor Kaio em DBZ).
  • Os Guardiões citam um mantra antes de lançar os ataques. Exemplo: “Naumaki Sanmanda Bodanan Abila Unken Sowaka: Shura Mahaken!” (O Poder de Shura, na dublagem).
  • O cavaleiro Fudou de Virgem do Ômega é a reencarnação do deus Fudou Myou também conhecido como Akalanata, que é o nome de um dos vilões do Shurato, Akalanata de Fudou Myou. Por se tratarem do mesmo deus, o mantra evocado por eles é o mesmo: "Naumaku Sanmandah Bazaradan Kahan".
  • Os animes têm vários dubladores em comum no Brasil: Shurato = Marcelo Campos (Mu, Jabu); Leiga = Hermes Baroli (Seiya); Ryuma = Leonardo Camilo (Ikki); Hyouga = Afonso Amajones (Dante de Cérbero); Gai = Mauro Eduardo (Io de Scyla); Lakshu = Letícia Quinto (Saori); Indra = Cassius Romero (Nachi, Algol, Hagen); Shiva = Valter Breda (Mestre Shion - Santuário); entre outros.
Se alguém se lembrar de outras semelhanças entre as séries deixa aí nos comentários que pode ser incluída depois na matéria.

terça-feira, 11 de março de 2014

A Verdade Sobre o Grande Mestre do Santuário

As diferenças entre a história original publicada no mangá e a história contada no anime existem em todas as séries, pois é preciso fazer certas adaptações de uma mídia para outra, mas no caso de Saint Seiya, essas diferenças trazem bastante confusão, porque entre uma saga e outra o anime fica mais ou menos fiel ao mangá. Uma dessas histórias é a do Mestre do Santuário e vamos tratar das duas versões agora.
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VERSÃO MANGÁ

No mangá a história é mais simples. Saga mata o Mestre Shion de Áries e toma o seu lugar há 13 anos e depois tenta matar Atena, que é salva por Aiolos. Sendo assim, quem entrega a armadura de Pégaso a Seiya é Saga, que se passava por Grande Mestre, alternando suas personalidades boa e má. Demonstrarei os fatos com algumas cenas do mangá:

No volume 12 do mangá (versão Conrad) Saori revela a verdade a Aiolia nas páginas 21 a 23. Repare que Aiolos chama o traidor de “Mestre”.




No volume 22 (Conrad), Mu fala sobre Saga para os demais cavaleiros de ouro. Ele diz que Saga passou 13 anos disfarçado como Grande Mestre (p. 22-23).


Mais na frente Mu explica a escolha do Grande Mestre, que deve ser um dos 12 cavaleiros de ouro, porém apenas Saga e Aiolos tinham idade pra isso (p.30-33).





O próprio Saga explica o restante da história, que Aiolos foi escolhido como Grande Mestre e não ele, por isso ele matou Shion em Star Hill e tomou seu lugar (p. 40 a 49).

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VERSÃO ANIME

No anime a história se complica pela inserção de um terceiro elemento, Ares (Arles), que a Toei Animation criou para prolongar a história, mas acabou criando uma confusão na cabeça dos fãs.

No anime existe além do Grande Mestre (Shion), o seu irmão mais novo chamado Ares, que é seu assistente direto. Então Saga mata Ares e toma o seu lugar como assistente do Mestre (Shion), este morre logo depois de entregar a armadura de Pégaso a Seiya e aí Saga (se passando por Ares) o substitui como Grande Mestre.

Quem entregou a armadura para Seiya foi Shion (e não Saga). Mas ainda há algumas perguntas a serem respondidas, lá vai:

Se era Shion, por que ele tinha o cabelo marrom e não verde?
- Porque o Kurumada ainda não tinha desenhado a saga de Hades (ou seja, o Shion nem existia ainda), por isso a Toei não tinha nenhuma base para seu desenho. Veja também que Ares e Saga usam um elmo vermelho, enquanto Shion usa um elmo amarelo.


Saga já era Mestre do Santuário quando tentou matar Atena?
- Saga ainda NÃO era o Mestre, pois Shion estava vivo e só morreu 13 anos depois. Ele, como Ares, ainda estava exercendo a função de assistente. Como podemos ver na cena no episódio 38, quando Saori revela a verdade a Aiolia e no flashback Aiolos se dirige ao traidor como “senhor Ares” e não como “Grande Mestre” (no mangá Saga já era o GM). Saori também diz no mesmo episódio que Ares depois de tentar matá-la quando bebê voltou a agir “mais tarde, quando se tornou mestre”, ou seja, ele não era mestre ainda quando tentou matar Atena.
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De quem era o corpo que Marin encontrou em Star Hill?
- Era de Ares, pois Shion morreu de causas naturais (provavelmente) durante a Guerra Galáctica e todos sabiam que ele já estava morto, como os próprios soldados, além de Marin e Aiolia comentaram no episódio 16. Veja a cena em que Marin encontra o corpo de Ares (episódio 71):
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Veja agora as cenas do episódio 16 em que os soldados comentam sobre a morte do antigo Mestre e sobre seu substituto. E também Marin, em pensamento, dizendo que o Grande Mestre (Shion) morreu logo depois que Seiya partiu e agora quem comanda o Santuário é o seu irmão Ares (Saga disfarçado).





Referências:
- Cavzodiaco.com.br
- Mangá Conrad: volumes 1 (p.64-65); 12 (p. 86-89) e 22 (p. 21-23 / 30-33 / 40-51).
- Anime: episódios 1; 16; 38; 71 e 73.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Saint Seiya Ômega - Análise Final

Resolvi criar esse post para tentar esclarecer algo que considero um equívoco dos fãs com relação a série Saint Seiya Ômega. Me parece que há uma interpretação errônea do que se trata o anime e para quem ele é feito. Então falarei por pontos (temas) para ficar mais claro.


1º - Ômega, Lost Canvas, Episódio G e Saintia Shô são spin-offs, ou seja, não pertencem a cronologia oficial de CDZ, que no caso é a série clássica. Sendo assim, elas não alteram a história, são apenas histórias paralelas, que sequer precisam se encaixar na história original criada pelo Kurumada. Assim, o mangá Next Dimension representa a continuação oficial da série clássica e nada mais é que os verdadeiros passado e futuro de Saint Seiya.

2º - No Japão, a transmissão de CDZ na TV foi há muito tempo. Por lá, CDZ passou na TV entre 1986 e 1989. A Saga de Hades só foi lançada em 2002 e em formato OVA (direto para o mercado de vídeo). As gerações mais recentes pegaram o bonde andando e se tornou necessário que fossem criadas outras séries para que estas captassem outros públicos. Uma delas foi o Ômega, voltada para um público mais novo. Essa série tem a missão de chamar a  atenção das crianças para os tais cavaleiros lendários que ajudam os protagonistas da série e assim atrair também esse público que está crescendo. CDZ fez parte da nossa infância em suas transmissões na TV aberta no Brasil de 1994 a 1998 e depois em 2004 novamente, mas dessas crianças JAPONESAS nem tanto.

3º - Saint Seiya para todos os públicos. O Ômega só é mais um dos planos do Kurumada e de todo um grupo para expandir a "marca" Saint Seiya a todos os públicos possíveis. Saint Seiya é o grande ganha pão do Kurumada (a galinha dos ovos de ouro) e ele não perde tempo em explorá-lo. Enquanto produz continua com calma a sua obra original, ele não hesita em criar ou autorizar a criação de outras séries, que vão lhe garantiro pagamento de direitos ou porcentagens nas vendas de produtos, etc. (Ele tá mais do que certo, vive disso). Recentemente foi lançado o mangá Saintia Shô, para meninas.

4º - Ômega é para crianças. Mas você pode dizer: "eu assistia CDZ quando era criança e não era assim". Mas na época de CDZ na Manchete (na Band foi reflexo do sucesso anterior) não se tinha ideia da separação de públicos que tem entre os animes, ou seja, uma faixa de idade para cada um. Nos anos 90 era comum ver animes como Street Fighter ou Samurai X nos programas infantis matinais aqui do Brasil, pela cultura de que "desenhos" são coisas de criança, quando no Japão os animes são para todas as idades, dos infantis aos adultos.

5º - Classificação dos Animes/Mangás. Como dito anteriormente, o Ômega é feito para um público infantil, menor do que o habitual para CDZ, podendo ser classificado como um Kodomo. Irei explicar esse e outros termos a seguir:

  • Kodomo: Gênero voltado para o público infantil. Visam a simplificação para melhor compreensão das crianças, com traços geralmente simples e delicados e com olhos bem grandes para que as crianças  possam entender a emoção dos personagens por eles. Tem como característica uma história simples e personagens mais engraçados/fofos (Pode ter traços mais complexos, mas geralmente os autores não têm esse cuidado). Feito para crianças de 6 a 12 anos. Ex: Hamtaro, Pokémon, Beyblade, Medabots, Ômega.
  • Shounen: Voltado para adolescentes do sexo masculino. Geralmente envolto em muita ação e aventura com belas mulheres. Histórias com ênfase na superação, amizade e objetivo. Público alvo de 13 a 18 anos. Como geralmente essa faixa é muito consumista, acaba que a maioria dos autores focam nesse mercado pois a chance de o anime dar muito lucro é enorme. A maioria dos animes mais conhecidos no mundo são exatamente desse gênero. Ex: DBZ, Naruto, One Piece, Saint Seiya (O mangá tem características seinen também, mas o anime é um shounen clássico).
  • Seinen: A grande diferença entre Shonen e Seinen esta nos temas e no conteúdo maduro. Geralmente exploram muito a violência e tem uma história mais complexa. A diferença entre Seinen e Shounen é muito relacionada a traços e emoção. O Seinen tem a tendência de deixar a história muito mais próxima do que seria na vida real, preza muito mais as emoções como raiva, inveja e mostra também muito mais violência e ação comparado ao Shonen. Em resumo: O Shounen idealiza muito os personagens já o Seinen mostra mais os defeitos e fraquezas. Feito para jovens adultos de 18 a 25 anos. Ex: Berserk, Gantz, Lost Canvas (Tem muitas características de seinen, apesar de ter sido publicado em uma revista para shounens).
  • Shoujo: É um termo usado para se referir a animes e mangás para garotas. Os mais conhecidos no Ocidente são os romances ou comédias românticas que normalmente envolvem personagens da mesma idade do público-alvo (adolescentes). Foi puxado no ocidente pela força dos animes Shounen, para agradar as meninas. Ex: Sailor Moon, Sakura, Saintia Shô (tem características tanto de Shoujo quanto de Seinen).

6º - Ômega não tem nada a ver com Lost Canvas. O fim do Ômega não representa a volta do Lost Canvas, que era produzido pela TMS e não pela Toei como o restante de CDZ. E o seu fim também não representa a animação do Next Dimension, pois se ela foi lançada, um dos motivos é justamente a demora do Kurumada em avançar com o mangá. E também para testar a popularidade de Saint Seiya na TV, podendo influir (de modo discreto, não determinante) no lançamento do ND para TV ou em OVA.

7º - Sucesso? O Ômega talvez não possa ser considerado um sucesso absoluto, mas é com certeza um bom negócio para a Toei, principalmente considerando seu gênero. A audiência na TV japonesa é moderada, variando entre 2 e 3 pontos. Sua principal dificuldade é concorrer justamente com o anime mais assistido atualmente "Sazae-San" (transmitido no mesmo horário). Mas, fica pouco atrás da transmissão de Naruto Shipuuden e ficando na frente de "Yu-Gi-Oh Zexal" e da mais nova temporada de "BeyBlade" em alguns meses. A série rendeu uma segunda temporada (algo que nem todos os animes do estilo conseguem), DVDs e Blu-rays, além de bonecos e um jogo para PSP, dentre outros produtos.



Concluindo

Para assistir Saint Seiya Ômega é preciso vê-lo com outros olhos ou senão deixar de assisti-lo, pois assim será impossível gostar dele. A série provavelmente não terá nenhuma história mais complexa ou intrigante, terá doses bem moderadas de violência, não terá traços muito melhores que esses, etc. Por isso, é provável que não agrade os fãs tradicionais de CDZ e é melhor se conformar. Ao mesmo tempo, também não influirá na história original e só acrescenta mais uma produção ambientada no mundo de deuses e armaduras de Saint Seiya.

Você pode achar a série ruim, mas provavelmente é porque ela não foi feita pra você. E pensando de outra forma é possível encontrar pontos positivos na mesma. Se ao compará-la com a série clássica ela fica a anos-luz de distância, ao compará-la com outras séries que vemos por aí, ou mesmo analisando individualmente, veremos que ela é uma boa série, nada de espetacular, mas que pode ser divertida.



Nota: Toda classificação é arbitrária, então não levem ao pé da letra. Os autores costumam não gostar de classificar suas obras, mas geralmente as revistas o fazem, porém é normal que mangás e animes tenham características diversas, andando por mais de um estilo. E ainda existem outras classificações além das apresentadas aqui, essas são as mais comuns.

domingo, 11 de agosto de 2013

Armaduras Divinas e Kamuis

Resolvi criar esse post depois de me deparar com a dúvida de alguns fãs, dúvida que eu achei que não existisse, mas existe. Acho que não ficou muito claro no anime que as Armaduras Divinas, usadas pelos Cavaleiros de Bronze, e as Kamuis, armaduras dos deuses do Olimpo, não são a mesma coisa. E que os trajes usados por Atena, Poseidon e Hades nas batalhas da era atual também não são as lendárias Kamuis.


As Kamuis são as armaduras usadas pelos 12 deuses olimpianos, que possuem uma luz própria e são infinitamente superiores às armaduras dos cavaleiros, às escamas dos marinas ou às surplices dos espectros. Porém, essas armaduras sumiram no céu junto com os seus donos na Era dos Deuses. Apenas Atena e Poseidon permaneceram na Terra, mas suas Kamuis também desapareceram, sendo citadas apenas em lendas. (Abaixo, imagem hipotética de como seria uma Kamui. Fonte: Enciclopédia CDZ)

armadura dos deuses

Na batalha contra os deuses Hypnos e Thanatos, as armaduras de bronze, que haviam recebido sangue de Atena reviveram como Armaduras Divinas. Segundo Hypnos: "Os trajes ressuscitados graças ao sangue divino se tornaram versões de Kamuis". Ou seja, as armaduras restauradas com o sangue de Atena seriam as armaduras mais próximas das armaduras dos deuses que um ser humano pode usar.


Mas e os trajes usados por Atena, Poseidon e Hades? Não são as Kamuis? A resposta é NÃO! Os deuses usaram em suas batalhas, respectivamente, Armadura, Escama e Surplice. Na "Enciclopédia CDZ" fica a dúvida: onde estariam as Kamuis desses deuses e quando eles voltariam a utilizá-las? Na mesma publicação  também é dito que "a aparência das Kanuis usadas pelos deuses é desconhecida e o que sabemos não passa de produto da nossa imaginação...".


Sendo assim, sabe-se que as Kamuis foram utilizadas pela última vez ainda na Era Mitológica, mas as Armaduras Divinas representam os trajes mais próximos dessas armaduras perdidas na Mitologia e os mais poderosos já utilizados por um ser humano. Fica a expectativa para que um dia as Kamuis sejam vistas em ação, o que pode acontecer quando o que Poseidon falou se concretizar, ou seja, quando os deuses do Olimpo descerem para punir os humanos.


Referências: 
- KURUMADA, Masami. Enciclopédia Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya daizen). São Paulo: Conrad, 2004.
- Mangá: Sagas de Poseidon e Hades.

Favor informar qualquer erro e o mesmo será corrigido.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Saint Seiya Ômega: Bom ou Ruim?

   No dia 1º de Abril de 2012 estreou a nova série da franquia CDZ, Saint Seiya Ômega, sob a desconfiança dos fãs mais antigos e carregada de grande expectativa por aqueles que esperavam uma renovação da série. Enquanto os fãs aguardam uma possível terceira temporada do Lost Canvas para 2013, a conclusão do mangá do Episódio G e acompanham a publicação a conta-gotas do Next Dimension (única dessas pertencente a cronologia oficial), o Ômega concentra o foco das atenções no momento.


   A série vem com índices razoáveis de audiência no Japão, mas nunca figurou na lista dos 10 mais vistos no páis, principalmente por seu horário coincidir com o anime mais visto por lá atualmente, Sazae-san. O Õmega é repleto de altos e baixos como qualquer anime, mas como a série já nasceu carregando um nome de peso, a cobrança é grande. Sendo assim, ela acumula vários pontos positivos e negativos:

1º) As armaduras não agradam muito por dois motivos, primeiro pela sua simplicidade, parecendo mais um tecido; e segundo por deixarem de ser armazenadas nas Caixas de Pandora como estátuas para se tornarem pedras (Clostones).


2º) A questão dos elementos divide os fãs, uns acham que a novidade não interfere na essência de CDZ, já outros acham que os elementos atrapalham e que deveriam ser abordados de outra forma ou que fosse colocados em segundo plano.


3º) Dos vilões não tem muito o que falar, até agora a participação de Marte não surpreende, mas também não decepciona. A traição de cavaleiros de ouro não é nenhuma novidade e os marcianos até agora não parecem grande coisa. Já se Lúcifer for mesmo o vilão principal do anime teremos que ficar atentos.


4º) Outra questão é a violência, ou melhor, a falta dela. Como um shounen tradiconal, sempre foi marca de CDZ as lutas muitas vezes violentas e com muito sangue. Isso é algo que falta em Ômega, criado para um público mais infantil, é raro var sangue nas cenas de luta, que por sinal costumam ser bem curtas e não passam de algumas trocas de golpes especiais e armaduras quebrando feito vidro.


5º) Um ponto forte da série é a expectativa que sempre surge quando um personagem antigo aparece. As aparições de Seiya e Shun tornaram os capítulos em que participaram os  mais elogiados e isso fez com que os fãs aguardassem com maior ansiedade as apariçoes de Shiryu, Ikki e Hyoga. Além disso, a cada novo cavaleiro de ouro, a expectativa pela confirmação de Kiki como cavaleiro de Áries aumenta.


6º) Por fim, uma característica marcante da série é o traço, bem diferente do traço do Kurumada ou do Shingo Araki, os personagens ganharam uma aparência mais infantil e delicada e as armaduras versões mais simplificadas.


   Sabemos que há muitos outros fatores que agradam alguns e desagradam outros fãs, mas foram aqui abordados alguns que chamam bastante atenção e com o decorrer de seus 52 episódios o Ômega pode superar as suas limitações ou se perder no imenso universo de Saint Seiya. Só podemos ter certeza de uma coisa, a série nunca será unanimidade entre os fãs, nem positiva e nem negativamente, pois nem mesmo o Lost Canvas, assim como o Episódio G e o próprio Next Dimension são.

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